Você entende quase tudo o que ouve em português, mas sente um bloqueio na hora de responder?
É comum entre estudantes de nível intermediário e avançado: conseguem ler e entender reuniões, e-mails, vídeos e até podcasts… mas quando chega o momento de falar, travam.
Agora imagine essa dificuldade em uma transação comercial entre o Brasil e outros países da América Latina. O domínio do português vai muito além da tradução de palavras — ele demonstra preparo, respeito e profissionalismo.
Em setores estratégicos onde o Brasil é protagonista, como agronegócio, energia, turismo ou tecnologia, falar bem português não é só desejável: é um diferencial competitivo. As empresas que investem em português para seus colaboradores mostram ao mercado que estão preparadas para relações de longo prazo.
Mas… é mesmo necessário falar fluentemente?
Definitivamente, sim!
A fluência abre portas, aprofunda relações e reduz mal-entendidos. Nenhuma comunicação sobrevive sem clareza e precisão — especialmente em ambientes onde se negociam ideias, valores e contratos.
A prática precisa ir além do compreender.
Muitos tentam praticar de forma impessoal, restrita ao vocabulário da sua área profissional, em encontros online com pouca ou nenhuma interação. O tempo para se dedicar é escasso. As oportunidades, raras.
Mas quando chegam os eventos presenciais, os simpósios, as viagens a campo… aí a coisa muda de figura. Como dizemos no Brasil: “aí é que a porca torce o rabo”. É muito brasileiro junto, de várias regiões, com sotaques, gírias e expressões diferentes.
Falar português é mais do que aprender uma língua: é mergulhar num caldeirão cultural.
”Não há uma língua portuguesa, há línguas em português”, disse José Saramago em depoimento para o documentário, Línguas, Vidas Em Português, filme que aborda as diferentes nuances do português falado por milhões de pessoas pelo mundo. A frase de Saramago é fundamentada na própria experiência.
A pronúncia, o ritmo e a entonação variam de norte a sul do país. Há quem fale mais “fechado”, com vogais quase desaparecendo — bejo, pessual. Há quem fale com mais musicalidade — arroiz, meu amor. As vogais são um universo à parte!
Aliás, dominar o tal do “jogo das vogais” é a chave para uma fala mais natural. É quando o estrangeiro começa a brincar com sons como passear, estudar, anunciar (os famosos verbos terminados em -IAR), que a fluência começa realmente a se consolidar.
E atenção: se você é da América Latina, seu desafio pode parecer menor — mas não se engane. Ditongos, hiatos, tempos verbais e sons parecidos às vezes pregam peças.
Quer um conselho?
Estude pouco, pratique muito — e fale sempre!
Exceto se você é ou pretende ser professor de português como língua estrangeira… aí sim: estude muito, pratique muito, ensine muito!

Para começar (ou continuar) esse caminho, te convido a participar da próxima aula do nosso Grupo de Conversação, sábado às 11h (GMT-3). 👉 www.tagarelar.com/grupo-de-conversacion
Vamos juntos transformar sua compreensão em comunicação real.

Soy Cássia, profesora de portugués de Brasil. He creado la Comunidad Tagarelar con el objetivo de que todos puedan aprender portugués desde cualquier parte del mundo, adaptando sus horarios de estudio a sus posibilidades.
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